sexta-feira, 25 de março de 2011

Ti.

E agora o que faremos?
E agora que sei pelo que passas, pensas que vou te deixar?
Imaginas que posso te deixar a esmo, abandonada, só?
Como parar de querer-te num momento assim?
Não posso ver-te morrer em teu mundo!
Não posso deixar-te tentada a fechar-se parar tudo.
Nem posso admitir que te enterres numa cova de sentimentos esquecidos.
É inaceitável que não possa ver teu belo sorriso por trás desta crosta que teimas em usar para protegê-lo.
Achas que eu apenas voltei para abusar desse amor? Para usar-te como escape de minhas tristezas?
Nunca.
Meu amor por ti atravessa o tempo, desafia a história.
Desafia todos aqueles que me pediram para desistir.
Confunde a lógica do próprio amor, da paixão, do desejo.

E agora o que faremos?
Se de ti nada mais quero senão o abraço puro e apertado.
Dos teus lábios morenos quero os beijos aveludados e suaves.
E eles nunca mudaram.
Eram os mesmos, doces, macios, apaixonados...
Mas veio a mim tamanha dor quando os afastou.
Lábios como açúcar, uma vez provados, não se pode mais viver sem...
E dos teus braços? Como não mais sentí-los em volta de meu corpo?
Como não mais olhar teus olhos negros, como viver sem eles?
Nunca.
Em tanto tempo não abri mão deste amor!
E agora, não abrirei mão dele.
Não posso desistir daquilo que nasci pra cuidar.
Não posso desistir daquilo que vivi pra encontrar.
Não posso desistir daquilo que esperei metade de minha vida pra acontecer.

Não posso desistir de ti.

(Allan Wagner, 23:19 - 23:57, 24/03/2011)

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