segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Era. Por mim.

Acredito que vá ser a última do ano, por vários motivos, tempo, correria de fim de ano e até impacto ao ler esse texto... Vou deixar aqui uma coisa (das várias ligadas a mesma história que me serviram de soco na cara enquanto zerava minha caixa de entrada) que achei no meu email, numa daquelas limpezas colossais que todo mundo faz quando ele bate quase 1000 emails não lidos. É um email de mim, pra mim mesmo feito há 7 anos atrás, depois de uma conversa que incluía planos de futuro e filhos com a pessoa que, na época, era a mais importante pra mim.

É triste imaginar que deu até aquela pontada de arrependimento de tudo que já fiz na vida ao ler, no final, eu fui incapaz de manter a felicidade e afundei pesadamente na depressão cerca de um ano depois, deixando pra trás muita coisa que eu acreditava, e chegando ao ponto de quase tirar minha própria vida. Hoje não admito ser feliz, tampouco completo ou satisfeito com o que faço, mas estou aqui, arrastando-me com uma vida insatisfatória, uma tristeza que me abate a cada dia e um velho coração de lata.

Mas enfim, bom fim de ano a todos que ainda teimam em ler o que eu coloco aqui, e até ano que vem, a não ser que eu tenha um surto de inspiração pra escrever algo.


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Você sabe o que você sente, e também sabe que está perdido,
mas ela está sempre do teu lado, e ela que te traz de volta,
então me prometa meu eu, que não vai falhar,
pois essa luta é por sua felicidade, a felicidade dela,
prometa que você nunca vai errar, e quando errar,
vai se corrigir, e quando se corrigir, vai melhorar,
que não vai ficar em silêncio,
para cada segredo que tiver,
achará o momento certo pra contar,
que vai dar o melhor pra ela, e pra si mesmo,
pois é pela felicidade, que transborda,
emana de cada poro da sua pele, flui por cada lágrima,
por momento ao lado dela, por cada caminhada,
por cada manhã, acredite pelos planos,
acredite por Elis, por Felipe, acredite por ela,
e acima de tudo, por você,
você é o melhor pra ela,
você é o melhor pra si,
pela primeira noite, pelas Luas cheia,
pelo primeiro beijo, pelos sinais nas costas dela,
pelas músicas, pela praia, pela felicidade, por ela.

E por você.

(Allan Chaves, 15/07/2008)

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Utopicamente necessário.

O "querer alguém" do seu lado torna-se uma utopia,
o "estar junto" parece cada vez mais distante,
não deveria ser uma necessidade,
não deveria ser uma vontade,
deveria ser passageiro,
deveria passar.

Mas não passa.
Fica e aguarda.
Marca e atrapalha.
Prende e te fecha.

No final, são só necessidades,
necessidades que não deveriam ser,
vontades que não deveriam haver.

Não deveriam ser.

(Allan Chaves, 00:23 - 00:31, 13/11/2015)

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Penas Demais.

No fim, já não importa quem você tente por em sua vida,
ela que vai decidir por estar lá, ou não.

No fim, já nem importa o que você faça pra mudar as coisas,
não é só você a decidir o rumo que irão tomar.

No fim, a quem importa sua presença senão a você mesmo?
Nascemos sós, morreremos sós, não importam sentimentos.

No fim, as pessoas apenas estão mais frias, tristes e exigentes,
sem pensar se isso vai magoar outras ou não.

No fim, não importa sua luta, ou quanto você tente ser melhor,
algo sempre vai acontecer pra afastar você daquilo ou daquele alguém.

No fim, ninguém vale seu tempo.

No fim, nada vale a pena.

(Allan Chaves, 23:23 -23:30, 11/11/2015)

terça-feira, 10 de novembro de 2015

sábado, 7 de novembro de 2015

Vazio singular.

Vazio.
Obscuro.
Singular.
Vácuo.
Nada.

É assim que me sinto.
É assim que pela primeira vez me sinto em tanto tempo.
É assim que eu termino por aqui.
É assim que eu decido ficar.
É assim que se definiu.

(Allan Chaves, 22:09 - 22:14, 07/11/2015)

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Sin'teresse.

Não mostre interesse se não quiser ficar.
Meu coração é velho demais suportar.
A alma nova que não suporta o mundo de velhos.
As pessoas que não suportam um olhar.
Não aceitam sentir.
Não aceitam viver.
Ocupadas demais com trabalho.
Preocupadas demais com dinheiro.

Não mostre interesse se não quiser ficar.
Não me prenda de Junho a Outubro.
Não me engane de setembro a dezembro.
Pois eu não vivo mais em mim.
Não vivo mais no mundo que sobrou.
Não tenho mais um coração pra isso.

(Allan Chaves, 21:40 - 21:47, 02/11/2015)