sábado, 12 de outubro de 2013

Me afastei, perdido.

Então novamente eu faço,
mais uma vez eu me anulo,
mais uma vez eu me apago,
mais uma vez, eu simplesmente desisto de querer sentir.

Deixei de ser criança, apaguei qualquer vestígio.
Adotei a dor e a incerteza de ser um adulto,
acariciei as tristezas de desacreditar,
eu matei meus sonhos.

Sou o vazio, o incapaz,
o incerto e o incompleto,
o inaceitável, o esquecido.
Eu caio de novo, eu pulo de novo.

Torno algo que nunca aconteceu em um grande acontecimento,
transformo em uma dor tamanha de proporções exageradas,
e não volto atrás, não deixo meu orgulho perder,
não permito que a bondade e os bons sentimentos tenham a chance de vencer.

(Allan Wagner, 23:58 - 00:03, 12/10 - 13/10/13)

sábado, 28 de setembro de 2013

No Tanto que Faz.

Eu deixo a luz se esvair numa praia qualquer,
que as ondas de oceanos levem toda ela,
deixar morrer, junto com a luz do Sol...

Eu deixei meus pensamentos flutuarem e morrerem,
afoguei todas as crenças em rios e deixei marés levarem,
então eu acordei e vi que não seria ninguém.

Eu não prezo, nem desejo atenção,
pois deixei tudo o que eu senti em algum lugar,
Distante e esquecido.

Apesar de todo esse engano,
alguém sempre aparece, e destrói meus planos.

(Allan Wagner, 21:23 - 21:57, 28/09/13)


segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Ruína.

Então eu vi Esparta cair.

Ruir perante toda sua força e crenças, apenas desmoronava.
E eu sentia o aperto no peito de quem nada podia fazer.
Talvez fosse Esparta, ou quem sabe Roma, ou Paris?
Apenas caía.

Talvez fosse algo dentro de mim que ruía e não me avisava.
Estava lentamente condenada a desaparecer no ar, no tempo, no espaço.

E era eu quem ruía.

Não haveria civilização tão poderosa pra impedir minha queda, minha falta de tato.
Eu tropeçara no mais profundo abismo de mundanas preocupações, e me apagava.
Me esquecia aos poucos do que eu era, do que eu fui.
Apagava o que eu sou.

E eu caía.

Cai sem rumo, sem prumo, sem fim de poço.
Apenas me deixei cair, apenas me deixei levar.
Agora. Era queda livre. Mergulhando. De cabeça.

E eu cai.

E continuo caindo, apesar de ainda tentar...
Com a pouca força que ainda resta...
Me segurar.

(Allan Wagner, 21:45 - 21:50, 09/09/13)

terça-feira, 16 de julho de 2013

Sopravivenza.

Mi serve solo un momento.
Forse la ragione per la mia sopravivenza.
Non guardare il bello, non la ragione per la bruttezza.
In cerca di te, nascosto, perduto, sconosciuto.

Mi sono perso nei miei pensieri.
Stai ancora cercando, ancora credendo.
Chiunque tu sia, ovunque tu sia.
Mi auguro, per la mia ricerca, chiudo.

(Allan Wagner, 22:28 - 22:33, 16/07/13)

Aos que querem a tradução, abaixo:

Eu precisaria de só um momento.
Talvez a razão da minha sobrevivência.
Não procuro o belo, nem a razão da feiúra.
Procuro, você, oculta, perdida, desconhecida.

Estou perdido nos meus pensamentos.
Ainda procurando, ainda acreditando.
Seja quem você for, esteja você onde estiver.
Eu espero, pois minha procura, encerro.

(Allan Wagner, 22:28 - 22:33, 16/07/13)

sábado, 13 de julho de 2013

Seita.

Então é chegado o momento de finalmente aceitar a derrota.

Aceita que não cresce, e aceita que isso é culpa do medo.
Entende que não importa o quanto você seja otimista, sempre alguém tentará te derrubar.
Sempre haverá um medo oculto do recomeço, de seguir em frente, medo.
Graças a esse medo, não tenta, e não consegue admitir que pode enfrentá-lo.

E se deixa derrubar, admite que não suporta mais.

Você deixa as oportunidades e pessoas passarem por sua vida.
Sejam oportunidades boas ou más, que iriam te acrescentar ou não, apenas deixa.

Deixa que pessoas que ame vão embora, aceita que ela vá embora pra sempre.
Pois você nunca será o suficiente pra ela.

Não enxerga outros olhos de bom grado ou carinho.
Não sente a luz que deveria estar no fim do túnel, deveras difícil de caminhar.

Abre os olhos e enxerga que você não é uma pessoa só: são várias num corpo.
São vários pensamentos, sonhos, instintos, e nenhum deles lhe mostra a verdade.
Então você, em meio a confusão aceita...

Não acredita em Deus, nem no paraíso.
Não acredita no Diabo, nem no inferno.
Não acredita em salvação.
Não acredita em perdição.

Não entende nem quer entender o que acontece a sua volta.
Pois nada mais a sua volta faz sentido.

Aceita que as faltas e as dores sejam maiores.
Aceita que não é, nem nunca será ninguém.

(Allan Wagner, 00:20-00:26, 14/07/13)

terça-feira, 9 de julho de 2013

Eu não gosto de ninguém.

Nascer como erro.
Viver como uma sombra.
Crescer como fracasso.
Morrer como ninguém.

(Allan Wagner, 23:30-23:35, 09/07/13)

sábado, 15 de junho de 2013

Porfin.

Quero que me perdoe por ainda estar preso naquele velho momento de pensamentos de fracasso,
e por isso não te demonstrar toda a paixão que você merece,
quero que me perdoe se eu ainda estou perdido em pensamentos e desejos bobos,
e por isso me perder no meu mundinho enquanto você está no mundo real,
quero pedir desculpas por ainda não ser o que eu realmente sou,
quero perdão por qualquer coisa,
quero apenas entender a mim,
para que no fim,
eu entenda você.

(Allan Wagner, 16:02 - 16:07, 15/06/13)

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Inflamar.

Espero no escuro por memórias demais,
traio meus próprios conceitos,
acordado ou dormindo,
procuro alguém.

Sinta a loucura acabando,
e o olhos frios da noite chegando,
deixe a mente descansar,
e lembre das promessas que eu fiz.

Agora eu talho meu coração e ignoro,
pra reinflamar os restos do que um dia já foi.

(Allan Wagner, 01:30 - 01:35, 08/06/13)

domingo, 21 de abril de 2013

Guerreiro.


Eu sou o gordinho nerd da turma sim.
Eu também sou o cara cabeça dura, esquentadinho e boca suja.
Sou o mané que sofre de amor e fala besteira.
Se eu voltar atrás, problema meu.
Se eu seguir em frente, sorte minha.
Não nasci pra ser cachorro louco, nem príncipe de contos de fadas.
Cresci admirando personagens e não personalidades.
Cresci ouvindo criticas e banalidades.
Não fale mal de meus amigos, nas minha decisões ou meu apogeu.
E entenda de uma vez que, na minha vida, quem manda nessa porra, sou eu.

(Allan Wagner, 18:03 - 18:07, 21/04/13)

sábado, 16 de março de 2013

Novo e Velho.


Um dia, alguém sabe, alguém viu,
eu fui um bom amante, eu acreditava.
Mas descobri que eu sempre erro,
pois eu sempre quero acreditar que o passado vai me puxar pela mão,
ou que o futuro vai simplesmente me fornecer tudo o que eu preciso se me entregar a ele.
Eu não acredito mais nesse amor.

Não acredito em nenhum deles.

Novo, velho.

Eu me apoio no que não aconteceu,
ou me apoio no que já aconteceu pra fazer a diferença.
Tomo decisões erradas com uma frequência nunca antes vista,
sigo o caminho errado, pego o sinal fechado.
Por fim, quebro a cara.
Fico por isso mesmo,
fico no chão,
fico no lixo.

Então, se devo ficar no enfermo,
fixo abaixo do chão,
que seja só.
Pra não levar ninguém comigo,
pra não se perder no meu pessimismo,
pra não morrer no meu fatalismo...

Enfim, viver como se deve,
e não dever a quem não merece.
Me deixa, me larga, me solta.

Vá viver o que não quero te dar.
Vá viver o que eu não posso oferecer.

(Allan Wagner, 21:30 - 21:38, 16/03/13)

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Expressão.

Teimou em escrever um pouco mais.
Quis dizer tanta coisa,
falou de amor, falou da dor,
desejou a felicidade, lembrou nossa irmandade.

Mas só tinha uma coisa pra falar.
Nada além pra expressar,
direta, dolorosa.
Nos dissemos Adeus.

Adeus.

(Allan Wagner, 15/02/2013)

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Medo da Noite

Não tenha medo dessa noite,
não importa que você esteja só,
nem mesmo saber que as sombras,
vão completar o que não pode existir mais.


E você não pode sempre ser forte sempre,
mas levante sua voz no raiar do dia,
as estrelas agradecerão suas tentativas,
e lhe mostraram o caminho...


Desperte de seu conturbado sono,
sua cabeça vai martelar pensamentos,
do que foi, do que não foi,
do que nunca mais será.


Não tema a noite,
pois nela você finalmente pode esconder,
cada dor e lágrima,
cada falha e vilania que você estava cometendo.


Você não pode mais ser forte,
nem adianta erguer sua voz no raiar do dia,
as estrelas já ignoram sua existência,
e o caminho começa a desaparecer.


Volte a seu doloroso sono,
sua mente vai lhe iludir com belos sonhos,
do que já foi, do que você quis,
do que nunca acontecerá.


Agora só lhe sobrou o céu,
ele agora preenche suas fraquezas,
não tenha mais medo,
pois não há mais mãos pra te ajudar a levantar.


Você agora só acha que pode ser forte,
pois nem sua voz pode se erguer no raiar,
as estrelas começaram a cair,
e você não sabe qual seu caminho.


(Allan Wagner, 18:32 - 18:41, 13/02/2013)

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Angústia...

E essa angústia que agora assola ?
De onde vem? Por que motivo fica?
Estou crente que minha felicidade está perto,
mas procuro me angustiar pra fugir dela.

Ah, angústia, me deixa...
Me deixa ficar de bem comigo, não me deixa ficar triste.
Me permita seguir em frente e deixar o passado no passado.
Já não basta toda a raiva que criei pra mascarar tudo?

Angústia, para de apertar meu peito,
para de incomodar e insistir que eu devo estar só,
só pra não me encontrar de novo,
pra me puxar pro passado.

Maldita angústia, me deixa.

Santa angústia me diz, o que devo fazer?

Se sempre que te sinto significa que algo vai acontecer,
pro bem ou pro mal eu vou me sacrificar,
apenas me diz, antes do sacrifício final,
o que eu vou decidir, vai ser pro bem ou pro mal?

(Allan Wagner, 19:20 - 19:35, 03/02/2013)

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

A mesma velha Montanha-Russa.

O que sobra além das ilusões?
cada homem é absoluto oposto do outro,
e todos se entregam a confusão,
até o amor e o ódio seduzem com a mesma voz.


Você não quer se deixar levar à um lugar mais alto,
e preciso ver de novo do jeito que sou obrigado,
escolhendo a redenção mais difícil,
minhas ações, guiadas pelo medo e as falhas.


Se é que a vida tem um sentido,
e nada mais é o que o que escolhemos,
apelamos para palavras doces e sussurros,
mas elas servem para mascarar o cheiro do que você um dia enterrou...


Será que vale a pena gastar o tempo em mentiras?
Mesmo aquelas que você não vê com seus olhos?
Cedendo à uma sedução vulgar,
sendo executado pelo medo e todas as outras boas intenções...


Se é assim então, pensamos em fazer as pazes,
e essa corrida que não termina nunca,
onde pensamos que vamos?
O que pensamos que sabemos?
Isso não muda enquanto não mudarmos a nós mesmos.


Apenas volte, rebobine, quero ir de novo, iluminar a escuridão de lado a lado,
então eu sei que não vai me deixar, e vejo no coração, me dizendo adeus,
então saberei que não irá me deixar, com o meu amor, me beijando, dizendo adeus,
volte, não quero ir de novo, apenas preciso iluminar a escuridão de todos os lados...


(Allan Wagner, 20:53 - 21:26, 08/01/2013)

Cura.

Eu faço o que posso pra fazer você entender,
Uma palavra errada e tudo acaba, destroi os destinos,
somos desonestos de coração, e tantos nos invejam,
sonhos, querem que afundemos.


E não porquê nem como, é como o céu, temos apenas um único fluxo,
mas você está aqui agora, e este é nosso show,
queimem desejos sussurrados, como segredos, apenas ouça-os,
parei com todas as perguntas, não tenho respostas,
então, faça uma reverência porque está apenas começando...


E como um vício,
mas não deixemos que o tabu se torne uma lei,
não sejamos engolidos por outra maré,
nem deixemos que, em nosso campo florido, nossos sonhos voem para um outro lado qualquer...


Aqui, agora, todos os sonhos realizados,
para que você escolheria mais tempo?
Não caia quando for hora de se levantar,
estou aqui para curar suas feridas.


(Allan Wagner, 21:26 - 21:33, 01/01/2013)