quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

25.

Natal, Natal, só dá pra ficar triste quando chega o Natal...

(Allan Wagner, 25/12/2010)

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Eu ODEIO o Natal.

Papai Noel entrou na sua primeira residência na note de Natal, mas algo estava errado.

Ao entrar pela chaminé, encontrou cacos de vidro por todo chão, muito sangue e a árvore de natal estava no chão, aos pedaços. No fundo da sala, sob uma luz fraca havia uma menininha, gemendo e mastigando algo, ao se aproximar, viu que ela puxava ferozmente a carne da jugular de um senhor, provavelmente seu pai.

- Oh Deus! - e saiu rápido pela chaminé.

Montou no trenó e seguiu rápido para a próxima casa, num único salto pulou pra dentro da chaminé, no momento não se importava que descobrissem seu segredo, precisava salvar o homem.

- Alguém! Tem alguém em casa?

Sua voz estava desesperada. Ouviu passos nas escadas e passos atrás dele. Ouviu um gemido assombroso.

- O que?

Estava cercado por dois adultos e uma menina, todos tinham pedaços de seus rostos arrancados, alguns de seus membros estavam pendurados ou não os tinham.

- O que está havendo?!?!

Então os três pularam sobre seu farto corpo, ele tentou se desvencilhar a todo custo, levou uma mordida no calcanhar e chutou a garotinha que bateu na parede. Os dois adultos ainda tentavam acertá-lo, num soco ele arremessou os dois pra longe e desesperado correu pra chaminé.

BAM!

Alguém havia entrado na sala e atirado contra o velhinho. Os três mortos pularam sobre seu corpo e começaram a despedaçá-lo como se fosse feito de manteiga. O sangue era espirrado contra as paredes e na porta da sala havia um homem. Era baixo, pardo, cabelos negros curtos, despenteados e o cavanhaque mal feito.Trajava apenas uma camisa branca, jeans e tênis. Apontava uma Magnum 45 mm para a sala. Ainda carregava com ele uma calibre 12 e outras 2 armas.

- Eu odeio o Natal.

E saiu deixando com que os mortos devorassem os restos do bom velhinho.

Esse homem, era eu.

(Allan Wagner, 20:01 - 20:15, 24/12/2010)

Entrando na Casa Errada no Natal...



A grande tristeza não é ficar sem o Papai Noel, é saber que ele na verdade nunca existiu!

(Allan Wagner, 00:08 - 01:25, 23/12/2010)

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

O castigo do Papai Noel...

Me perguntaram o que aconteceria se o Papai Noel entrasse numa casa infestada por zumbis...

E então Papai Noel entrou em outra casa para deixar presentes, mas ele não sabia que o mundo estava tomado por um vírus que transformara todos em zumbis... Então ele recebeu o castigo que merecia por entrar nas casas sem permissão, sem ser convidado...

(Allan Wagner, 22:01 - 22:07, 22/12/2010)

A Falta.

Pegou meu tempo e guardou ele em seus bolsos,
me jogou nos teus cabelos e fez com que me perdesse,
foi embora por precisar descobrir o que precisava de verdade,
mas eu só queria que você nem precisasse ir.

Eu imaginei que você cairia em pesadelos,
e neles eu poderia te consertar se quisesse,
eu poderia salvar você se precisasse,
eu te teria de volta.

Então vá, sinta-se livre,
vá ver tudo o que você precisa ver,
e quando achar tudo o que precisar,
e achar você novamente...

Então volte pra mim.

Pois no final, eu ainda sinto a tua falta.

(Allan Wagner, 21/12/2010, 20:01 - 20:08)

A Chave.

Apenas viu o que precisava ver,
só ouviu as coisas do seu jeito,
viveu se consumindo,
você congelou em algum lugar do passado.

Talvez se você não quisesse salvar o mundo o tempo todo,
se você não quisesse ser o que não podia pro momento,
talvez se me desse mais atenção eu te daria o mesmo,
então seríamos a chave.

Se não tivesse medo de mim,
não houvesse o medo de se entregar,
não aparecesse teu passado recente,
seríamos a chave.

Você me fez pensar que estava errado todo o tempo.
Me fez acreditar que eu não estava quando você precisava.
Mas você começou a desaparecer pra mim,
por isso eu comecei a faltar pra você.

E fechamos todas as portas e janelas entre nós.

Mas eu ainda sinto,
eu ainda lamento,
ainda acredito,
que você ainda é a minha chave.

(Allan Wagner, 20/12/2010, 09:11 - 09:23)

Luas de Mel.

São poços fundos e vazios que vi ao chegar,
e todas as nossas pequenas coisas estão dentro deles,
me sinto um advogado desejando achar um fundo pra todos,
agora me sinto vazio e sozinho.

Eu e você.
Tristes como devemos estar.
Aqui terminam nossas Luas de Mel.
Quando acordarmos um próximo ao outro.

Você teimando em acreditar que ninguém falhou,
eu querendo mostrar que erramos sim,
você querendo sair por cima,
eu querendo te provar que você estava errada.

Então o melhor é sair pela porta enquanto você não vê,
assim você acredita que está fazendo o certo,
e eu querendo que nós tenhamos uma nova chance,
saia por cima, eu vou curtir um pouco a solidão.

Relembrando e pondo fim as nossas Luas de Mel.

(Allan Wagner, 12:35 - 12:49, 19/12/2010)

Bem.

E você está bem?
Preciso saber se tudo vai bem.
Se souber que está bem, estarei bem.
Não serei esquecido.
Não serei jogado.
Não terei más lembranças.
Mas apenas me diga.
Você está bem?

(Allan Wagner, 06:12 - 06:18, 18/12/2010)

sábado, 18 de dezembro de 2010

Dia Frio de Verão.

Era cedo.
Bem mais cedo do que eu queria.
Estávamos em pleno verão,
então você congelou meus planos.

Mandou uma brisa fria,
uma brisa solitária digna de um inverno letal.
Nossos tesouros foram enterrado bem fundo,
numa praia que ninguém conhecia.

Meu coração continuou pulsando,
devagar e sempre...
Mas decidi que naquele verão,
que você era caso perdido, peixe pequeno...

Então decidi que era o último dia do meu verão contigo.
Era a última vez que eu aproveitaria aquele Sol.
A última chance pr'aquelas areias.
Era mais um dia frio de Verão...

(Allan Wagner, 00:13 - 00:25, 17/12/2010)

Último Round.

Levante-se.
Não vou te deixar cair no primeiro round.
Quantos mais temos para aprender?
Levante-se!

Você primeiro pede um novo round.
E agora sai fingindo que nada aconteceu?
Você está atrasada pra seu sofrimento.
Saia daqui, lá fora você fica bem melhor.

Sofrendo.

(Allan Wagner, 12:33 - 12:37, 16/12/2010)

Viver Bem.

Estive acima de umas nuvens esta noite,
ohei algumas pessoas que não se mereciam,
também vi muita gente errando o básico.

Tocavam seus violões como se fossem mágicos,
mas eram comuns nada além disso...
Os via perdendo tempo.

Algumas vezes pensei tê-los visto olhando pra mim,
depois olhavam fico pro chão,
e eu ficava confuso o rumo daquilo.

E no final uma menininha olhou pela janela,
e apenas sorriu pra esse completo estranho.
Então eu cantei como nunca antes.

Naquela noite eu aprendi a voar.
Naquela noite aprendi que todo mundo é diferente.
E achei um motivo pra viver bem.

(Allan Wagner, 22:13 - 22:19, 15/12/2010)

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Reflita um Pouco Enquanto Estiver Presa em Seu Paraíso...

E agora você caiu.
Agora você está só.
Nesse momento você não tem um apoio.
E acha que pode ignorar minha presença.

Age como se nada ocorresse.
Pensa que eu vou voltar correndo como um cãozinho.
Finge que não é assim.
Mas por mais que eu não te conheça, eu sei tudo sobre você.

Você espera que alguém volte pra te fazer bem.
Quer que alguém atravesse aquela porta pra te encher de carinhos.
Deseja que alguém bata na sua janela procurando ver você sorrindo.
Almeja alguém pra limpar suas lágrimas quando estiver chorando só no quarto.

Mas esses são outros tempos.
São tempos em que eu não vou voltar pra te beijar.
Nem tempos em que posso te aquecer nos meus braços.
Muito menos chegar no final da tarde e passar a noite levantando teu ânimo por você estar triste.

É hora de sofrer um pouco.
Hora de perder também.
Minuto de reflexão.
Segundo de perda.

Rever tudo como eu fiz quando você me levou tudo.
Seguir em frente como eu penei pra seguir quando você derrubou todas as pontes.
Pois se o destino quiser que algo aconteça, ele o fará.
mas, do fundo do coração, eu espero que não...

(Allan Wagner, 23:30 - 23:45, 14/12/2010)

Notícias.

Não acredito nas notícias que li esta noite.
Foram tão cataclísmicas que me fizeram bem.
Uma lágrima quase deixei cair.
Como nos domingos que deixei pra trás.

Não mais.
Eu acreditaria se tivesse força pra isso.
Não mais.
Eu até tentaria, se não estivesse tão bem.
Não mais.
Eu voltaria, se você não tivesse derrubado tanto do meu sangue.
Nunca mais.
É nesta noite que além de ter perdido tudo, você me perdeu também.

(Allan Wagner, 13:23 - 13:32, 13/12/2010)

domingo, 12 de dezembro de 2010

Pequena Beatriz.

Então ela me esqueceu,
nem lembrou de meu rosto,
não lembrou do meu sorriso,
nem que eu já me passei de pai pra ela.

Então assim que vai ser,
então que seja melhor assim,
que ela não lembre,
que ela nem sinta minha falta.

Pois o que ela já deixou em mim nos dois anos que estive lá bastam.
Pois dos pequenos olhos curiosos e dos sorrisos divertidos,
das brincadeiras com bonecos de pano e com as bonecas,
não sobrou nada.

Me sobraram pequenas dores,
tão pequenas que agem como agulhas no coração,
tão fortes que parecem uma tourada espanhola,
tão intensas que são o suficiente pra me derrubar...

A culpa foi minha por não cuidar dessa pequena princesa.
Agora ela já não me vê com admiração.
Nem sorri com minha presença.
Nem sente saudades.

Hoje percebi que matei uma pequena grande parte de mim.

(Allan Wagner, 17:28 - 17:49, 12/12/2010)

Candura.

Eu sei que ele.
Sim ele ali.
Me pediu um favor.
Me pediu um carinho pra matar as saudades.

Mas eu, sem vocação ao carinho.
Morta no quesito bem querer.
Esquecida pelo criador do amor.
Abandonada pelo bem estar...

Como dar carinho?
É tão mais fácil me pedir o que não posso ter?
É mais fácil me pedir o que não posso fazer?
Melhor me impedir de dar aquilo que posso ter...

(Allan Wagner, 09:32 - 09:38, 11/12/2010)

Procura-se.

Você não estará errada em me procurar.
Mas não estará certa o suficiente pra fazer o que irá fazer.
Não vou te obrigar a nada.
Eu apenas sei que você quer muito isso.

Fique a vontade pra voltar outro dia desses.

Pode vir em qualquer noite que precisar.
Mas não seja idiota de pensar em nós.
Nem estúpida em falar sobre amor.
Quero apenas a diversão mais saudável pro meu corpo.

E fique a vontade pra voltar em outra noite como essa...

(Allan Wagner, 16:36 - 16:58, 10/12/2010)

Estou Deixando Você.

Você ainda pensa que está me deixando,
acha que está saindo com a cabeça erguida,
acredita que é a culpada em toda a história,
então pense minha querida...

Eu sei muito mais coisas que você,
eu sei de tudo o que você vem fazendo,
eu sei em que camas dorme enquanto eu durmo só,
e ainda acha que durmo só...

Eu sei quem são seus amigos,
sei bem o que sua família quer comigo,
sei bem que querem apenas um palhaço,
mas até agora não conseguiram...

Quantos você acha que cairão na sua história?
Quantos pensa que são idiotas como aqueles que vieram antes de mim?
Vão acreditar na sua inocência falsa acompanhada de sua falsa virgindade?
Que por sinal foi minha?

Meu bem, eu que estou deixando você.

Eu estou saindo por cima.
Eu estou por cima de quem eu quiser estar.
Eu sou o que você nunca poderá ser.
Por um simples motivo meu bem...

Eu que estou deixando você.

Agora.

(Allan Wagner, 16:36 - 16:58, 09/12/2010)

Eu Ainda Não Sei.

Eu disse eu sei pr'onde vou.
Depois de tudo eu ainda sei.
Então segura o cinto e espera.
Aproveita a vista, é o melhor que você faz.

Eu me deixo levar, pelo vento,
já disse que não me importa o que os outros dizem.

Acredite no que sua cabeça diz.

Eu vejo pequenos soldados serem deserdados,
alguém muito inconsequente se acha o máximo nesse momento,
fica jogado fora todos esses doces,
que foram feito apenas para essa guerra...

Eu me deixo levar, pelas massas
já disse que não me importa o que eu penso.

Acredite no que sua pernas dizem...

(Allan Wagner, 12:10 - 12:16, 08/12/2010)

Ninguém Sabe.

Eu pensei que era ilusão.
Não, na verdade era ópio.
Ou seria algo pior?
Sei lá, alguém me ofereceu.

Mas ninguém sabe quem foi.

Joguei com pílulas brancas ao invés de fichas.
De quem foi essa idéia?
Foi muito ruim mesmo.
Sei lá, nem importa muito agora.

Afinal, ninguém sabe quem foi.

Deitei numa cama armada no deserto.
Alguém está com seus quadris sobre os meus.
Foi muito bom.
Sei lá, agora eu já cheguei lá...

E ninguém sabe quem foi.

E tudo é culpa sua por não estar aqui.
E tudo por você, já que não está comigo.
E agora vai acontecer e eu vou pensar em você.
E eu vou fazer de tudo pra que seja melhor do que como fazia com você.

E ninguém vais saber que fui eu...

(Allan Wagner, 19:12 - 19:19, 07/12/2010)

Covarde - Parte Dois.

Dois impactos fortes fora sentidos por eles enquanto forçavam a porta.

'Vocês vão ficar aí esperarando serem mastigados ou vão sair correndo e pegar um rifle desses?!?'

A porta foi jogada longe por causa da força que os dois empregaram em sua defesa.

'O que vocês estão fazendo aqui?'

Ele disse abismado.
No início do corredor uma força de batalha inusitada os aguardava.
Um senhor gordo - mas gordo de verdade - segurava um poderoso rifle nas mãos, era baixo e troncudo, tinha uma cara de poucos amigos e trajava uma roupa surrada de escritório, sua gravata estava torta mas teimava em tentar colocá-la no lugar.
O segundo era um homem negro alto e magro, o completo oposto do gordinho. O rosto era bastante simpático e trajava roupas esportivas e um segurava algo que parecia uma escopeta calibre 12.

'Andem, vocês dois, tome essa pistola moça... e pra você essa escopeta!'

O gordo empurrou as armas em suas mãos, fez gestos como se estivesse explicando como fazer a arma funcionar e saiu correndo na frente do grupo.

'Pra quê vocês vieram?'

'Covardes não saem em busca de uma só pessoa rapaz, você não precisava bancar o herói pra provar isso!'

Ele sorriu e apontou a arma pra fora do corredor estreito, um monstro adentrou rápido e já estava com os dentes a poucos centímetros da jugular do rapaz negro.

BAM!

Ela atirara com a pistola na cabeça do monstro.

'Você tem uma ótima mira...'

'Obrigada...'

Os três saíram rápido e o homem gordo aguardava-os.

'Aquele monstro entrou pelo outro lado, temos que ser rápidos, o Jeep vai estacionar bem ali em dois minutos'

'E vamos esperar?'

'Não garoto, vamos brincar de sobreviver.'

Com um sorriso maldoso no rosto o homem saiu correndo por entre os monstros e atirando naquilo que se mexesse.

'Vamos?'

Olhou para ela e para o rapaz negro ao seu lado.

'Não sei o que estamos esperando aqui.'

Os três correram e se juntaram rapidamente ao senhor gordo que estava cercado por uma dezena de mortos.

'Se a gente não sobreviver, pelo menos vai se divertir!'

O homem gordo puxou duas granadas dos bolsos e arremessou contra um grupo grande.

CABLAM!

Uma explosão ruidosa levou muitos monstros ao chão, mas sem o efeito desejado, eles continuavam a se levantar. O grupo subiu num batente mais alto e depois numa varanda. Decidiram para de atirar, os mortos pareciam ter desistido de procurá-los.

'Reagem ao som, não enxergam nada, então se abaixem e fiquem em silêncio até a cavalaria chegar.'

Mas ninguém chegou, por meia hora eles esperaram, o Sol do meio dia agora os atacava e parecia ainda mais quente que o normal.

'Onde estão, malditos!'

O homem gordo levantou-se alterado.

'Acalme-se, eles vão nos ouvir...'

O rapaz negro tentou acalmá-lo dando um tapinha amigável em seu braço, mas recebeu um safanão no braço como agradecimento.

'Me solte! Não importa se vão nos ouvir! Já estamos mortos mesmo! Aqueles covardes nos abandonaram! COVARDES!

Eram centenas de monstros agora. E o grito do homem apenas havia chamado mais e mais deles...

(Allan Wagner, 21:01 - 21:23, 06/12/2010)

domingo, 5 de dezembro de 2010

Laranjeiras.

Estou tomado pelo orgulho!
Vejo apenas três cores, que no final se combinam em uma só.
Acredito que brasileiros e argentinos podem ser um só povo.
Creio que a mala branca não tem efeito em quem luta com o coração!
Vejo que uma espera de vinte e seis anos apenas deixou o sabor da vitória, o sabor da conquista ainda melhor, mais pura...
Tenho certeza de que no final da noite, apenas o melhor irá sobrar.
Que não será a festa de uma só noite.
Nem a comemoração de um único dia.
E por tudo o que acontecerá nos próximos vinte e seis anos, tudo que será ganho, tudo que passarmos.
Estarão guardados...
Guardados os melhores sentimentos, os maiores acontecimentos!

Debaixo daquela Laranjeira...

(Allan Wagner, 19:02 - 19:32, 05/12/2010)

Sem Parar...

Correndo.
Esquivando o Sol em meus olhos...
Amaldiçoando a Lua!
Correndo...
Sem parar eu decidi seguir em frente!
Evitando o medo...

Correndo!
Pulando as covas no caminho...
Saltando as esperanças de outros!
Correndo...
Nas margens dos ares...
Meus pés voam sobre mares!

Correndo...
Com o medo nas mãos...
Não deixando ele salpicar o chão!
Correndo...
Carregando teu coração,
com todo cuidado em minhas mãos!

(Allan Wagner, 12:30 - 12:42, 04/12/2010)

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Reis e Rainhas.

Eu vi reis e rainhas caírem.
Vi suas revoluções estourarem,
e depois morrerem com mais revoluções.
Da noite pro dia.

Sorriem em seus mundos perfeitos,
sangram em seus tronos de espinhos,
gozam em suas camas com veludo,
morrem pelas mãos de seu povo...

(Allan Wagner, 21:01 - 21:08, 03/12/2010)

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Detectado.

Não detectei nenhum motivo de pena.
Não captei sinais de dor.
Não escaneei vestígios de culpa.
Nem me foram mandadas ondas sonoras de rancor.

Então pra onde manda essas mensagens?
Espera que ele as pegue no ar?
Aguarda uma resposta imediata?
Ele não pode te ouvir lamentar...

Ele é humano.
Ele escolhe e decide.
Ele também ignora se não quiser mais.
Ele é muito frágil e erra.

Guardado dentro de um casulo de perfeição.
Achando estar acima de todos por ser esperto.
Pode sim subir na vida.
Mas vai sempre estar em queda em seu coração.

(Allan Wagner, 00:35 - 00:52, 02/12/2010)

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Prazer.

Em manhãs brancas eu vejo o que chamam de Sol,
Em noites negras eu procuro o luar,
Na pele branca eu encontrei a perdição,
Nas peles pardas me perdi em pecado,
Em peles negras achei o desejo,
Em corpos grandes não mostrei piedade,
Nos esguios me procurei em curvas,
Nos maiores seios me enfartei com volúpia,
Em menores fui caridoso,
Em quadris pequenos desejei ser o muito,
Nos maiores testei minha resistência,
Nas mais velhas encontrei experiência,
Para mais novas mostrei o que queria,
E para aquela que mais desejei respondi com apatia,
Agora me apego ao não estar dela,
Aproveito os momentos de lazer,
Todos os maiores desafios,
Nas maiores luxúrias,
E me afogo em prazer...

(Allan Wagner, 11:12 - 11:29, 01/12/2010)