terça-feira, 15 de março de 2011

48 Horas.

Então essa será minha decisão.
Não, não será um ultimato, pois não tenho poder para ultimatos, não tenho forças para obrigar-te a nada.

Mas estou dando-me um tempo.
Um tempo pra tentar entender o que se passa dentro de meu peito e de minha mente confusa.

Decidi.
Me darei quarenta e oito horas de descanso.
Te tirarei de mim por mais quarenta e oito horas depois desses últimos dois anos.
Arrancarei qualquer vestígio para me sentir mais calmo, menos confuso, mais sóbrio.

Pois você está correndo dentro de mim como eu não esperava que corresse.
Está viajando a uma velocidade alarmante e perigosa, e não tem um destino certo.
Passou por meu coração e viu a reforma que eu fazia, acenou e perdi a atenção... Me fizeste martelar os dedos.
Depois viajou direto para a minha cabeça, deu voltas e mais voltas dentro desse seu trem bala, e despejou o melhor de você nele.

Como se já não bastasse, tocou a ponta de meus dedos.
E assim começou um incêndio, que atravessou toda minha pele.
Queimou o pouco de juízo que ainda havia dentro de mim, e me dominou.
E agora eu estou confuso com todas essas mudanças imediatas, e meu corpo não consegue entender.

E nesta noite, a noite que decidi me dar um tempo de ti, precisei ouvir tua voz.
A ouvi como um canto necessário, e não sabia o que falar, me senti péssimo por esse contato.
Mas a tua voz me fez decidir o que era certo ou errado, tua voz me fez dormir bem.
E agora estou me dando quarenta e oito horas sem você, e apenas você pode quebrar o silêncio dentro dessas horas...

Então, minha princesa, seja como for, seja o que for, eu me dou o direito de passar mais quarenta e oito horas sem você.
Me recolho ao silêncio e aos meus pensamentos tolos e precipitados para tentar entender o que há aqui.
Pois, eu sinto e sei que tem algo aqui.
Só não sei se o quero deixar ficar...

(Allan Wagner, 21:14 - 21:42, 14/03/2011)

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