sexta-feira, 4 de junho de 2021

Um Conto de Quarentena

Com fome fui a padaria ontem pela manhã, para poder comprar meu croissant/

E quando lá cheguei, o bate boca acontecia, de alguém que havia pulado o treino de perna naquele dia/

Um bombadão de perna fina gritava, berrava que ali entraria sem máscara/

Em meio aos gritos da pequena multidão, que só queria em silêncio comprar pão/

Entao numa ato heróico uma granada foi lançada, uma bomba de Bem-Te-Vi havia sido estourada/

Em meio a fumaça azul de esperança, o bombadão chorava feito criança/

Parecia ter sido atingido por uma bala, mas era so sabão em pó vindo do meio da sala/

Uma senhora grita “bota logo a porra da máscara arrombado, o que deixou o pula treino irritado/

Que num surto pos a máscara, esperando que deixassemos agredir a pequena senhora, mas o pequeno segurança, a pontapés, o expulsou na hora/

Aos berros de “nunca mais volto aqui”, a esperança voltou a sorrir/

E como num passe de mágica que ninguém viu, a velhinha pagou, e sumiu/

E nunca mais ninguém a viu. Sério, ela nunca tinha ido aquela padaria, aparentemente, foi só pra tacar a granada de alegria.


(Allan Chaves, 09:17, 04/06/2021)