domingo, 13 de março de 2011

Rosas no Asfalto.

Eu era uma torre acinzentada, sozinha, abandonada no meio do mar.
Então você apareceu e se tornou a luz, meu farol.
Teu amor ainda é a droga mais poderosa, que causa uma onda de emoções confusas em mim.
Mas, sabia que na luz do Sol teus olhos brilham muito mais que qualquer estrela?
Assim você pode ser vista de qualquer lugar, qualquer lugar que eu possa encontrar.

Você é a rosa que nasce em meu asfalto.
Quanto mais recebo você, mais confusa e estranha é a sensação.
E essa tua rosa agora desabrochou dentro de mim, liberou a luz que desmontou meu asfalto.
Você limpou minhas ruas, abriu minhas janelas, e agora o que posso fazer?
Se tudo o que fizesse foi plantar uma semente há tanto tempo?

Quantos homens quiseram achar palavras pra te contar o que você já sabe?
Elas podem contar a você tudo, há tanto que podem dizer.
Mas só eu percebi que sei o que tem aí dentro, guardado só pra mim.
Pois você guarda o meu poder, todo o meu prazer e a minha dor.
Você é como um vício crescente e é algo que eu não posso negar. Nunca.

Me diz se é saudável.

Agora fui beijado por tua rosa.
Se eu cair novamente? Tudo isso que sinto irá embora?
Eu fui beijado por tua rosa... por aquela tua rosa...
Agora que tua rosa está desabrochando. Sua luz atinge toda a escuridão que tomava minha vida.

(Allan Wagner, 21:18 - 21:39, 12/03/2011)

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