quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Espartano - Parte 3

Passei duas semanas sem encontrar o general depois do ocorrido... me lembro como se tivesse acontecido ontem...

Nosso Senhor Ares, descera do Olimpo para nos auxiliar.

Algumas histórias corriam entre os soldados, alguns diziam que o general estava seguindo para o Olimpo para receber as bençãos dos deuses, ou talvez se torna-se um Deus como eles. Outras histórias diziam que ele agora entrava sozinho em batalhas em que centenas dos nossos não podiam lutar, estaria sacrificando sua vida, lutando sozinho para que poupássemos nossos homens... mas no final, descobrimos que o general apenas voltara para casa e estava com esposa e filha, aproveitando o luxo de suas vitórias.

Mas naquela tarde, ele havia chegado com o rosto marcado. Teria ele discutido com familiares? Assim como chegou saiu, o olhar dele percorreu o campo de treino e centenas dos nossos simplesmente o seguiram. Nossas tropas estavam alimentadas e prontas para qualquer coisa.

Andamos por dois dias, quando estávamos próximos de entrar nas terras da deusa Atena, de longe vimos pequenos vilarejos desprotegidos. O general olhou-os com profundo desprezo e seu olhar colidiu com o meu.

'O que está esperando?'

E nossos homens partiram em disparada, na direção dos pequenos vilarejos. O general ficou imóvel naquela colina. Dizimamos todos os vilarejos em menos de uma tarde... matamos todos os homens que poderiam erguer uma arma, já crianças e velhos foram poupados e deixamos que eles fugissem por entre a mata densa. As belas mulheres atenienses nos serviram bem durante toda a noite, seu sangue fora derramado ao amanhecer, assim que todos os nossos soldados se serviram com seus corpos.

Mas ele continuava no alto daquela colina.

Imaginei o que ele estaria pensando naquele momento... Pouco depois do meio-dia ele desceu da colina e seguiu até o centro dos soldados.

'Hoje será o dia em que Atenas cairá!'

Não demorou muito, estávamos diante de uma cidadela, que, ao contrário dos pequenos vilarejos, possuía um pequeno templo... e um oráculo... uma pequena senhora, aparentando seus sessenta, setenta anos.

'Não passe daqui ou seu destino estará para sempre marcado!'

O general ignorou o oráculo, ela, de acordo com nossas leis, não podia ser tocada nem morta... mas não nos importávamos com ela e nosso ataque começou...

(Allan Wagner, 05:09 – 05:33, 28/09/2010)

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