terça-feira, 14 de setembro de 2010

Que tal? Um Pouco de Caos!

Achou divertido bater palmas diante daquela situação, mesmo que de forma totalmente inesperada e inconveniente, a idéia lhe veio a cabeça de modo perfeito. Afinal, tinha pago caro pra assistir aquele vexame do homem que chamavam de 'o maior vendedor do mundo'.

O orador, diante de todas aquelas pessoas, num auditório lotadíssimo acabara de dizer, talvez, a maior besteira de sua vida. Ficou de boca fechada por pelo menos dois minutos até que alguém esboçasse alguma reação. E, infelizmente, para o maior vendedor do mundo, foi uma manifestação ironicamente maldosa.

Ele levantou e aproximou-se vagarosamente do palco ainda batendo palmas.

Olhando fixamente para o homem. O silêncio era avassalador e dentro da barriga das pessoas que estavam em cima do palco - oradores, diretores, reitor e professores - algumas borboletas passeavam fazendo festa.

Alguns cochichos agora eram ouvidos de fundo, mas logo se tornaram fervorosas e críticas conversas sobre o ocorrido, e, em menos de um minuto, berros e gritos indignados eram arremessados contra o orador, o pânico tomou conta da bancada responsável.

Ele ergueu o punho e todos silenciaram instantaneamente.

- A culpa é minha, e eu ponho ela em quem eu quiser?

Virou lentamente e saiu do auditório, seguiu direto pra bilheteria pedir o dinheiro de volta. E o teve de volta.

O caos que havia deixado pra trás logo piorou e, em quinze minutos, todas as cadeiras estavam de ponta cabeça e, na frente do teatro, a multidão que ordenava a devolução do dinheiro quase derrubava as paredes.

ele, estava calmamente tomando um refrigerante de laranja do outro lado da rua, rindo de tudo aquilo...

(Allan Wagner, 16:16 - 16:35, 14/09/2010)

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