domingo, 3 de outubro de 2010

Forte.

A ouviu no seu lamentar.
Ele a viu chorar e se arrepender por não aceitar o que havia acontecido.
A viu gelar com o lembrar do momento.
Por estar naquele local.
Não a encontrou quando, ao seu lado, o medo a tomou.
Não sentiu arrependimentos no que sentia e ao querer vê-la protegida.

Correu, sentiu a adrenalina, sentiu o próprio corpo novamente.
Sentiu fé, força, confiança em si mesmo.
Tudo parecia correr da forma mais pura por todo seu corpo.
Por ela sentiu-se o homem mais forte do mundo.
Invencível.

E a viu tão frágil naquele mundo.
Quis apenas estar com ela.
Quis segurá-la para que não caísse.
Mas ela não o faria, era forte.
Poucos passos bastavam para que saíssem dali.
Esquecessem que estiveram num pesadelo.

Viu-se forte.
Forte como amigo.
Sentiu-se um herói, não para ela.
Para ninguém.
Mas para si mesmo.
Forte, como sempre quis ser.
Forte, como sempre soube que era, graças a ela.

(Allan Wagner, 06:15 - 06:39, 03/10/2010)

Um comentário:

  1. Li tantas vezes esse post. Alguns trechos me chamaram a tenção em especial.
    "Mas ela não o faria, era forte."
    "Forte, como sempre soube que era, graças a ela."

    É difícil definir o que realmente sabemos que podemos e o que gostaríamos de fazer, não é? Acredito que sempre se sabe, ainda que inconscientemente, da força, da ajuda que se necessita e da coragem de admitir, ou não, isso. Os que despertam isso na gente são especiais, de um modo que só quem já foi desperto sabe. :}

    Ps.: Adorei o texto, sim?

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