quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

A Dor.

Primeiro veio a dor suave.
O som de suas palavras me fizeram acreditar que tudo era brincadeira.
Depois a pancada forte.
A dor irradiou minha nuca e eu me senti desconfortável.
Veio a dor aguda.
Cada palavra, cada som, tudo aumentava a dor, tudo...

Então senti meu peito abrir, uma dor tão forte que corria minhas entranhas, passava por cada vaso do meu corpo e fazia meu sangue parar, fez meu coração bater devagar..

Vieram as facas.
As mil facas quentes.

Atravessaram meu peito como se fosse feito de papel, como se não se importasse em machucar, mas você não queria isso, palavra por palavra, eu sentia que você não queria isso.

Uma dor agora tomava meu pescoço.
Subia rasgando minha garganta e irrigava minha cabeça.

Teu abraço era tudo o que eu queria, e o tive, mas quando me envolvia, mais sentia dor, não era a dor do abraço forte, era a dor de ser o último abraço.

Então as facas foram embora, as palavras terminaram.

Mas a dor.

A dor ainda estava lá, a dor ainda está aqui.

(Allan Wagner, 06:09 - 06:15, 21/02/2011)

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