Tivemos sempre dois caminhos,
você me falava de caminhos em que andávamos em estrelas,
eu gostava de te ouvir sonhar,
mais do que qualquer coisa.
Mas algo aconteceu,
entre eu e você,
você fugiu,
não sei onde se escondeu, não sei.
Mas quando te encontraram,
disseram que a culpa era minha,
que seu corpo,
tudo tinha acontecido como eles desconfiavam...
E agora eu vivo,
correndo pra viver,
vivendo apenas me escondendo,
orando por inocência.
E esse mundo,
quer me devorar,
agora eu vivo,
fugitivo.
Em quantas casas eu já morei?
E quantas estradas eu já pisei?
De quantos pequenos animais me alimentei?
E ninguém crê que não te matei.
E agora eu vivo,
fingindo que sei viver,
vivendo dos meus restos,
relembrando você.
E o mundo,
quer me retalhar,
e eu continuo,
fugitivo...
(Allan Wagner, 15:16 - 15:27, 10/01/2011)
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