domingo, 12 de dezembro de 2010

Covarde - Parte Dois.

Dois impactos fortes fora sentidos por eles enquanto forçavam a porta.

'Vocês vão ficar aí esperarando serem mastigados ou vão sair correndo e pegar um rifle desses?!?'

A porta foi jogada longe por causa da força que os dois empregaram em sua defesa.

'O que vocês estão fazendo aqui?'

Ele disse abismado.
No início do corredor uma força de batalha inusitada os aguardava.
Um senhor gordo - mas gordo de verdade - segurava um poderoso rifle nas mãos, era baixo e troncudo, tinha uma cara de poucos amigos e trajava uma roupa surrada de escritório, sua gravata estava torta mas teimava em tentar colocá-la no lugar.
O segundo era um homem negro alto e magro, o completo oposto do gordinho. O rosto era bastante simpático e trajava roupas esportivas e um segurava algo que parecia uma escopeta calibre 12.

'Andem, vocês dois, tome essa pistola moça... e pra você essa escopeta!'

O gordo empurrou as armas em suas mãos, fez gestos como se estivesse explicando como fazer a arma funcionar e saiu correndo na frente do grupo.

'Pra quê vocês vieram?'

'Covardes não saem em busca de uma só pessoa rapaz, você não precisava bancar o herói pra provar isso!'

Ele sorriu e apontou a arma pra fora do corredor estreito, um monstro adentrou rápido e já estava com os dentes a poucos centímetros da jugular do rapaz negro.

BAM!

Ela atirara com a pistola na cabeça do monstro.

'Você tem uma ótima mira...'

'Obrigada...'

Os três saíram rápido e o homem gordo aguardava-os.

'Aquele monstro entrou pelo outro lado, temos que ser rápidos, o Jeep vai estacionar bem ali em dois minutos'

'E vamos esperar?'

'Não garoto, vamos brincar de sobreviver.'

Com um sorriso maldoso no rosto o homem saiu correndo por entre os monstros e atirando naquilo que se mexesse.

'Vamos?'

Olhou para ela e para o rapaz negro ao seu lado.

'Não sei o que estamos esperando aqui.'

Os três correram e se juntaram rapidamente ao senhor gordo que estava cercado por uma dezena de mortos.

'Se a gente não sobreviver, pelo menos vai se divertir!'

O homem gordo puxou duas granadas dos bolsos e arremessou contra um grupo grande.

CABLAM!

Uma explosão ruidosa levou muitos monstros ao chão, mas sem o efeito desejado, eles continuavam a se levantar. O grupo subiu num batente mais alto e depois numa varanda. Decidiram para de atirar, os mortos pareciam ter desistido de procurá-los.

'Reagem ao som, não enxergam nada, então se abaixem e fiquem em silêncio até a cavalaria chegar.'

Mas ninguém chegou, por meia hora eles esperaram, o Sol do meio dia agora os atacava e parecia ainda mais quente que o normal.

'Onde estão, malditos!'

O homem gordo levantou-se alterado.

'Acalme-se, eles vão nos ouvir...'

O rapaz negro tentou acalmá-lo dando um tapinha amigável em seu braço, mas recebeu um safanão no braço como agradecimento.

'Me solte! Não importa se vão nos ouvir! Já estamos mortos mesmo! Aqueles covardes nos abandonaram! COVARDES!

Eram centenas de monstros agora. E o grito do homem apenas havia chamado mais e mais deles...

(Allan Wagner, 21:01 - 21:23, 06/12/2010)

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