segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Ruína.

Então eu vi Esparta cair.

Ruir perante toda sua força e crenças, apenas desmoronava.
E eu sentia o aperto no peito de quem nada podia fazer.
Talvez fosse Esparta, ou quem sabe Roma, ou Paris?
Apenas caía.

Talvez fosse algo dentro de mim que ruía e não me avisava.
Estava lentamente condenada a desaparecer no ar, no tempo, no espaço.

E era eu quem ruía.

Não haveria civilização tão poderosa pra impedir minha queda, minha falta de tato.
Eu tropeçara no mais profundo abismo de mundanas preocupações, e me apagava.
Me esquecia aos poucos do que eu era, do que eu fui.
Apagava o que eu sou.

E eu caía.

Cai sem rumo, sem prumo, sem fim de poço.
Apenas me deixei cair, apenas me deixei levar.
Agora. Era queda livre. Mergulhando. De cabeça.

E eu cai.

E continuo caindo, apesar de ainda tentar...
Com a pouca força que ainda resta...
Me segurar.

(Allan Wagner, 21:45 - 21:50, 09/09/13)

Nenhum comentário:

Postar um comentário