Então eu vi Esparta cair.
Ruir perante toda sua força e crenças, apenas desmoronava.
E eu sentia o aperto no peito de quem nada podia fazer.
Talvez fosse Esparta, ou quem sabe Roma, ou Paris?
Apenas caía.
Talvez fosse algo dentro de mim que ruía e não me avisava.
Estava lentamente condenada a desaparecer no ar, no tempo, no espaço.
E era eu quem ruía.
Não haveria civilização tão poderosa pra impedir minha queda, minha falta de tato.
Eu tropeçara no mais profundo abismo de mundanas preocupações, e me apagava.
Me esquecia aos poucos do que eu era, do que eu fui.
Apagava o que eu sou.
E eu caía.
Cai sem rumo, sem prumo, sem fim de poço.
Apenas me deixei cair, apenas me deixei levar.
Agora. Era queda livre. Mergulhando. De cabeça.
E eu cai.
E continuo caindo, apesar de ainda tentar...
Com a pouca força que ainda resta...
Me segurar.
(Allan Wagner, 21:45 - 21:50, 09/09/13)
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