Eu sou o invólucro vazio,
sou o rio sem águas,
sou o amanhecer sem luz,
sou o luar ao meio dia,
onde nada mais faz sentido,
lá estou eu.
Eu sou o que restou de um homem completo,
sou a metade do que já haviam torturado,
ainda sou o aldeão que se arrasta pelo campo,
sou a lepra que matou milhares,
sou o câncer que mata no silêncio,
onde tudo puder fazer mal,
lá estarei eu.
(Allan Wagner, 22:48 - 22:56, 01/11/2011)
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