quarta-feira, 5 de outubro de 2011

11 de Setembro.

Eu vi Senna morrer, e tive um ataque de choro aos sete anos de idade e só parei de chorar pouco antes de dormir (Senna sempre foi meu verdadeiro herói, já que não tive um pai suficientemente presente), aos oito anos fui o primeiro da famíla e amigos a receber a notícia que os Mamonas morreram (acordei umas seis da manhã do sábado e fui pego de surpresa no meio de um episódio de Tico e Teco) e tive que consolar amigos que eram fãs. Depois quatro ou cinco familiares morreram, alguns desastres levaram amigos e eu comecei a encarar desastres e a morte com naturalidade...

Infelizmente naturalidade demais. E isso com apenas 13 anos de idade.

Mas... Sinceramente?

Pode até me chamar de maluco, mas depois de dez anos senti um pouco de prazer em rever as torres caindo.

Na época não fiquei chocado com as pessoas pulando por vontade própria, nem assustado esperando um ataque no Brasil, não, encarei com naturalidade de quem assistia a um filme de ação qualquer.

Tive minha fase 'anti-americano', e ela ocorreu exatamente na época do ataque. Por mais terrível que pudesse paracer, na época senti bastante prazer em ver os todos
poderosos norte americanos sucumbindo a forças desconhecidas, e depois de dez anos, essa pontada de prazer teimou em reaparecer...

Chame de assustador, eu chamo de natural.

(Allan Wagner, 19:35 - 20:02, 11/09/2011)

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