sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Setembro.

Vivi tantos Setembros que nunca vieram,
Deixando de lado Setembros que queriam estar,
E agora não sei quantos Setembros ainda tenho,
Nem quantos Setembros posso doar.

Passei uma vida acreditando e vivendo algo que não deveria ter acontecido,
Que virou um mero passado apagado,
Outro Setembro dolorido...

Eu vivo hoje do passado,
Pois nenhum presente quer ficar,
E quando me libertei de Setembro,
Novembro não quis ficar.

Nem Janeiros, Maios, Agostos,
Dezembros, Junhos e até outros Setembros,
E me sobraram apenas os fantasmas,
Daqueles dias de Setembro.

(Allan Chaves, 01:34 - 01:55, 05/09/2015)


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