terça-feira, 1 de setembro de 2015

Mês.

Entramos naquele velho mês,
que de nada me acrescenta,
que de tudo me fere,
que me assombra.

E das assombrações,
afasto-me de ruas,
ruelas, cinemas,
portões e locais.

É o mês que nunca passa,
é o mês que não se vive,
é o mês que não se entrega,
é o mês que não me existe.

(Allan Chaves, 23:29 - 23:34, 01/09/2015)

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