segunda-feira, 27 de junho de 2016

Das sobras. Sobram.

Sobraram dias obscurecidos pelo tempo,
sobraram pequenas dores que ressoam e ecoam,
batidas de dentro do peito que só incomodam,
batem,
rebatem,
batem,
rebatem.

São só feridas,
fazem parte do tempo,
e a cada dia o tempo apaga,
apaga rostos,
apaga nomes,
apaga momentos,
mas não é capaz de sumir,
incapaz de matar a dor.

A dor do fracasso.
A dor de falhar.
A dor de ser o que sobrou de um dia passado.

(|Allan Chaves, 21:50 - 21:58, 27/06/2015)

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