sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Breve'stória.

Se fosse só o suor frio,
ou os dedos gelados de insegurança,
se tudo não passasse do aperto no peito,
quem sabe eu apenas seguiria em frente,
aceitaria uma breve'stória.

Não aceito que o erro foi só meu,
diante de tanta agressividade,
do teu nome ele cuspiu ofensas,
e no calor do revide de palavras,
quem perdeu fui eu.

E não são pelas noites encurraladas,
por trocos de sentimentos em restaurantes,
de mãos dadas pra adormecer,
de beijos carinhosos,
por quem acabou de conhecer.

Veio pela confiança,
pela força dada para ir pra frente,
da preocupação que me soa exagerada,
do sofrimento posto em cada lágrima,
de acreditar que podia dar certo.

E pode.

Mas no meio de tantos revides,
a descrença que me é lançada me afasta,
do momento seguinte de estabilidade,
que deveria reunir de novo,
mas passa batida.

Quando te conheci decidi o que ia sentir,
iria andar devagar a passos chucros,
mas foi o teu levar que me acelerou,
uma arritmia, taquicardia,
presença.

Entendo tua decisão,
mas não a aceito,
do carinho que beirava nossa atenção,
não pode ser assim desfeito,
finito.

Decidi o que sinto.

E não consigo não sentir saudades.

(Allan Chaves, 19:39 - 19:44, 28/08/2015)

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